Início da RSE
Com um carácter um tanto ou quanto recente,
comparativamente com outras matérias, a responsabilidade social, foi
posta em causa variadíssimas vezes. Toda a temática e base de actuação em que a
mesma se afirma e sustenta, foi levada em conta como apenas mais uma forma de
as organizações obterem lucros.
Existe grande interesse por parte de académicos
e profissionais da área em caracterizar e fundamentar a importância da
responsabilidade social corporativa.
Esta pesquisa, tem pelo menos cinquenta anos e
conta com estudos como os de Keith Davis que em 1960 sugeriu que a responsabilidade
social se baseava em "decisions and actions taken for reasons
at least partially beyond the firm's direct"Decisões e medidas
tomadas pela empresa, sem visar directamente interesses económicos ou
técnicos.”
Também na mesma época, Eells e Walton (1961) argued that CSR refers to the "problems
that arise when corporate enterprise casts iargumentou que a
responsabilidade social corporativa se refere aos problemas "que surgem no sector corporativo
quando a organização interage com a cena social, e os princípios éticos que
devem reger essa mesma relationship
between the corporation and societyrelação entre a corporação e a
sociedade ".
Mais tarde o foco de todo
este estudo, baseou-se na resposta os estímulos provocados pela sociedade. A
capacidade de resposta para os estímulos provocados pela sociedade, provou ser
uma área de grande importância, tanto a nível económico como social. Contudo
provocar uma orientação social e económica, que evolua no mesmo sentido, provou
ser uma das maiores dificuldades a enfrentar.
Porém, através dos estudos
e ensaios de Carol (1979), foi possível de uma vez por todas, legitimar a
importância da responsabilidade corporativa e afirmar que as organizações
possuem obrigações legais, económicas e também sociais. Esta forma de
interpretação que retira a importância central dos stakeholders e a divide por
várias áreas de actuação, veio dinamizar e alterar todo o sistema
organizacional que conhecemos.
Certo será que se tem de
atribuir várias áreas de interesse e importância as organizações e as suas
responsabilidades têm de se encontrar divididas nessas mesmas áreas,
responsabilidades económicas, legais, e sociais.
Todas as empresas contêm
uma elevada responsabilidade económica, pois têm na sua génese a procurada de
bens e obtenção de lucros, contudo cada vez mais na sociedade em que vivemos,
as mesmas tem de se sentir responsáveis por respeitar e acatar todas as
obrigações legais a que obriga a sua existência e também a sua actividade.
Contudo estas duas
responsabilidades que detinham 99% da importância, foram gradualmente perdendo
espaço para a responsabilidade social. Neste novo ponto, surge a
responsabilidade Ética e Filantrópica.