quinta-feira, 14 de junho de 2012

 

Por pedido da Dra. Susana de Carvalho, foi preparada uma aula de Responsabilidade Social para apresentar aos alunos de 1º ano de Relações Públicas e Publicidade.

Os temas abordados foram: 

Visão Clássica: Este defende que as empresas não têm de assumir qualquer Responsabilidade Social, apenas focarem-se nos seus lucros. Os gestores trabalham apenas para os accionistas, sendo que os objectivos da empresa são definidos perante esta situação.


Visão Contemporânea: Nesta óptica os gestores consideram que os accionistas são apenas um dos seus vários públicos, não sendo um mais importante que outro. Considerar-se também que as empresas são membros influentes da sociedade, sendo que são responsáveis por ajudar, manter e melhorar o bem-estar da sociedade.



Pirâmide de Archie Carrol:


  

É também fornecido um exemplo de uma instituição de referência da área, o Instituto ETHOS. (mais informações consultar post sobre ele)

Para aceder a esta apresentação, ela encontra-se pública através do link:
http://prezi.com/0q_x0exto52h/responsabilidade-social/

segunda-feira, 11 de junho de 2012


Início da RSE

Com um carácter um tanto ou quanto recente, comparativamente com outras matérias, a responsabilidade social, foi posta em causa variadíssimas vezes. Toda a temática e base de actuação em que a mesma se afirma e sustenta, foi levada em conta como apenas mais uma forma de as organizações obterem lucros.

Existe grande interesse por parte de académicos e profissionais da área em caracterizar e fundamentar a importância da responsabilidade social corporativa.
 
Esta pesquisa, tem pelo menos cinquenta anos e conta com estudos como os de Keith Davis que em 1960 sugeriu que a responsabilidade social se baseava em "decisions and actions taken for reasons at least partially beyond the firm's direct"Decisões e medidas tomadas pela empresa, sem visar directamente interesses económicos ou técnicos.”

Também na mesma época, Eells e Walton (1961) argued that CSR refers to the "problems that arise when corporate enterprise casts iargumentou que a responsabilidade social corporativa se refere aos problemas "que surgem no sector corporativo quando a organização interage com a cena social, e os princípios éticos que devem reger essa mesma relationship between the corporation and societyrelação entre a corporação e a sociedade ".

Mais tarde o foco de todo este estudo, baseou-se na resposta os estímulos provocados pela sociedade. A capacidade de resposta para os estímulos provocados pela sociedade, provou ser uma área de grande importância, tanto a nível económico como social. Contudo provocar uma orientação social e económica, que evolua no mesmo sentido, provou ser uma das maiores dificuldades a enfrentar.
Porém, através dos estudos e ensaios de Carol (1979), foi possível de uma vez por todas, legitimar a importância da responsabilidade corporativa e afirmar que as organizações possuem obrigações legais, económicas e também sociais. Esta forma de interpretação que retira a importância central dos stakeholders e a divide por várias áreas de actuação, veio dinamizar e alterar todo o sistema organizacional que conhecemos.

Certo será que se tem de atribuir várias áreas de interesse e importância as organizações e as suas responsabilidades têm de se encontrar divididas nessas mesmas áreas, responsabilidades económicas, legais, e sociais.

Todas as empresas contêm uma elevada responsabilidade económica, pois têm na sua génese a procurada de bens e obtenção de lucros, contudo cada vez mais na sociedade em que vivemos, as mesmas tem de se sentir responsáveis por respeitar e acatar todas as obrigações legais a que obriga a sua existência e também a sua actividade.

Contudo estas duas responsabilidades que detinham 99% da importância, foram gradualmente perdendo espaço para a responsabilidade social. Neste novo ponto, surge a responsabilidade Ética e Filantrópica.

segunda-feira, 4 de junho de 2012


Indicadores ETHOS

Os indicadores Ethos permitem às empresas que assim o desejem, avaliarem e gerirem os negócios de forma socialmente responsável, ou seja, os indicadores Ethos são um sistema de avaliação do estado em que se encontram as práticas de responsabilidade social das mesmas empresas e, têm por base uma autoavaliação com base num inquérito.
Uma empresa considera-se socialmente responsável quando completa os sete indicadores do Ethos mostrando-se transparente nas suas obrigações, ou seja, devendo adotar uma transparência nos seus negócios no que diz respeito aos objetivos e compromissos éticos, fortalecendo a legitimidade social das suas atividades, esta transparência inclui ainda o diálogo com os stakeholders e relações com a concorrência; na forma como trata o seu público interno investindo no desenvolvimento pessoal e profissional dos seus empregados com o intuito de proporcionar boas condições de trabalho, um ambiente favorável ao bom relacionamento fomentando a participação dos empregados e respeitando as diversas culturas e crenças presentes; como interage com o meio ambiente, desenvolvendo-se de forma sustentável demonstrando respeito pelas gerações futuras investindo em projetos para compensar os recursos naturais utilizados; que tipo de relação tem com os clientes e fornecedores, estabelecendo uma relação de simetrias com os fornecedores, incentivando-os a serem também responsáveis tentando sempre melhorar essa relação e, investindo em produtos com qualidade para os seus clientes/consumidores alinhando-se sempre aos objetivos dos mesmos; com a comunidade, compensando-a pelos recursos que ela oferece á empresa e, respeitando os valores e costumes dessa mesma comunidade desenvolvendo ações benéficas para a comunidade; e que influencia tem no governo e na sociedade onde se insere onde deverá participar nos eventos organizados por organizações, fóruns empresariais (como por exemplo a Infovalor onde no mesmo espaço concentrou diversas empresas e acionistas desenvolvendo ainda a literacia financeira a quem quisesse participar no evento) e, contribuir para o “combate à corrupção”

Conclui-se assim que existem sete indicadores ETHOS:
1.      Transparência;
2.      Públicos Internos;
3.      Meio Ambiente;
4.      Clientes/Consumidores;
5.      Fornecedores;
6.      Comunidade;
7.      Governo e Sociedade.
      Os indicadores são avaliados por meio de dois grupos de indicadores. O primeiro, composto de uma barra de quatro quadros juntos, corresponde à avaliação do estágio atual da responsabilidade social da empresa, sendo que o quadro mais à direita corresponde à postura mais desejada. Permite facilmente à empresa situar-se na escala, identificando seu posicionamento em relação aos estágios mais frequentemente encontrados no mercado.
     O segundo grupo de indicadores, composto de respostas binárias (sim/não) e de valores numéricos, contém elementos de validação e detalhamento do estágio de responsabilidade social identificado pela empresa. A importância deste segundo grupo de informações reside na montagem de uma base de dados que vai permitir, no futuro, a comparação de atividades e a distinção das melhores práticas adotadas.
     A avaliação do nível de responsabilidade social por empresa será consolidada pelo Instituto Ethos, conforme uma metodologia própria. Os resultados finais serão baseados num sistema de pontuação consoante os diferentes indicadores e temas, que vai permitir considerar:
      A importância e a profundidade de cada indicador, considerando sua atualidade e impacto na sociedade;
Setores em que certos indicadores não têm relevância;
Setores onde alguns temas possuem menor peso relativo frente aos demais.
    





domingo, 3 de junho de 2012


Em 2006 foi feito um inquérito para avaliar a Responsabilidade social das Pequenas e Médias empresas. No qual foram apresentados os resultados no Seminário transnacional sobre “Responsabilidade Social nas
PME´s” - Projecto EQUAL “SER PME RESPONSÁVEL”

(CTCV - Coimbra, 10 de Julho de 2006 - José Luís de Almeida Silva)


Estudo de investigação 
A Responsabilidade Social das Pequenas e Médias Empresas

Pergunta de partida:
Como dinamizar as práticas de responsabilidade social no universo das PME?


Objectivos:
  • „Compreender, ao nível dos diferentes agentes socioeconómicos, as dimensões relevantes em termos de práticas de responsabilidade social.
  • Potenciar estratégias de responsabilidade sustentável.
  • „Verificar a adequabilidade de estratégias de responsabilidade social ao crescimento sustentado das PME.





Os temas estudados foram:




Com este inquérito foi possível retirar:

Perfil das PME inquiridas
„Práticas de responsabilidade social nas PME
Dimensão económica
Dimensão social (interna e externa)
Dimensão ambiental
„Caracterização e significado da RS nas PME
„Relação com stakeholders
„Avaliação do resultado das práticas de RS – pelas PME
„Motivações e benefícios - práticas de RS nas PME
„Obstáculos e apoios - práticas de RS nas PME

Para detalhes profundos consultar o seguinte Link:
http://www.inform.pt/serpme/docs/CSR_National%20Context_CENCAL.pdf



terça-feira, 8 de maio de 2012


Parece que o ambiente, a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável também já é prioridade nos contratos. Segundo o Diário de Notícias, a CGTP defende que os sindicatos passem a reivindicar cláusulas ambientais nos contractos.

"O vice-presidente da associação ambientalista Quercus, Francisco Ferreira, manifestou hoje "satisfação" depois da CGTP ter defendido que os sindicatos passem a reivindicar cláusulas ambientais nas suas negociações com o patronato.
"É com satisfação que vemos esta tomada de posição da CGTP e gostaríamos obviamente de um maior envolvimento nesta área", disse Francisco Ferreira, acrescentando que já terem existido "algumas conversas" com as centrais sindicais (UGT e CGTP), embora "muito esporádicas.
"A Quercus participa no Conselho Nacional de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e nesse fórum tem havido alguma troca de impressões, mas precisamos de ir mais longe no debate desta área", explicou.
Segundo Francisco Ferreira, "só através do emprego verde" será possível "assegurar um emprego qualificado e a sustentabilidade económica das empresas no futuro".
O vice-presidente da Quercus chamou a atenção para a realização, de 04 a 06 de junho de 2012, da cimeira da Terra, também conhecida por Rio +20, que vai decorrer no Rio de janeiro, onde um dos temas será o "emprego verde".
"A responsabilidade ambiental e social de todas as empresas, neste momento, é decisiva para nós conseguirmos agir e resolver todo um conjunto de problemas, desde a consciência que as empresas têm em relação à redução de emissões de gases com efeitos de estufa, às alterações climáticas, à gestão de resíduos ou ao uso da água", disse."

segunda-feira, 16 de abril de 2012


Este pequeno clip (http://www.globalchange.com/) pretende transmitir a mensagem que os valores realmente são importantes, as pessoas querem fazer a diferença e sentirem-se orgulhosos da instituição em que trabalham.

Mas o verdadeiro desafio prende-se no balanço entre o que é considerado uma "prática ética" o qual é agreagado aos stakeholders enquanto os accionistas/investidores simplesmente representam o lado "lucrativo" da instituição. Na minha óptica, quando as instituições empregam comportamentos éticos direccionado ao lucro, então é visto, muitas vezes de forma errada, como uma acção pouco ética.